Postagens

Mostrando postagens de 2017

Detox de redes sociais: será que devo, de novo?

Já contei que fiquei uns meses sem acessar as redes sociai s, e como foi a experiência. Só que há 4 meses voltei, porque havia mudado de trabalho e cidade, a solidão meio que bateu e resolvi suprir esse "vazio" com a internet. Funcionou sim e não. O acesso as informações foram essenciais para a conversão ao veganismo, assim como se não fosse a internet, não teria me desconstruído em tantos seguimentos e me tornado a pessoa que venho sendo. Também aprendi receitas, colecionei dicas de lugares para visitar - e claro, comer. Mas, sempre tem um porém. E eu não sei brincar. De novo, o excesso de informações (úteis e outras muitas nem tanto) tem  minado minha energia , e até me confundindo em certas situações. São inúmeras discussões sobre o que é arte, o que é abuso; o que é cura, o que é preconceito, e por aí vai. O debate às vezes faz parte para o entendimento sobre ambos os lados, mas tem horas que cansa. Outro lado ruim: rede social mais parece uma briga de egos e &

Cuidar de si como propósito: é egoísmo?

Antes de mais nada, afinal, o que é propósito ?  Já faz um bom tempo que tenho lido muito e refletido ainda mais sobre. Meu status atual é que não sei exatamente definir qual é meu propósito nesta vida, e enquanto não descubro, resolvi criar um propósito pro ano.  Quando 2016 começou, lembro-me que postei no Instagram que o objetivo do ano seria trabalhar a autoestima . Inconscientemente, isso foi acontecendo sim - hoje vejo a depressão como o caminho para me conhecer e entre uma luta e outra, a força foi elevando minha estima e trazendo a aceitação. Cheguei à conclusão que não faz muito sentido a estima estar lá em cima se eu nem sei quem sou, ou porque quero emagrecer ou ter um sapato novo, por exemplo. É algo mais além. Para 2017, repeti diversas vezes e para tudo quanto é gente que eu queria um ano zen . Tem noção do que implica ser zen? No meu conceito, significa não estressar demasiadamente por qualquer coisa - e manter um ritmo controlado de emoções (neutralizando altos

12 mudanças em 12 meses, reload!

J á havia reparado que toda transformação na minha vida acontece entre setembro-outubro. Sim, hoje eu sei - e acredito - que tem uma influência gigantesca da transição entre estações do ano, dos planetas e por aí vai.  Há 12 meses, me casei (oficialmente). E me odiei, profundamente. Já falei aqui que estava numa vibe terrível de ódio interno, sem reconhecer física e psicologicamente quem eu era. Também nesta época, decidi parar de comer carne e uma atitude tão pequena mudou incrivelmente meu mundo . Digamos que até a mudança de trabalho e cidade tiveram total relação com isso (talvez valha um post...). Para fazer uma retrô bem diferente (a louca dos retrôs e saudosismo), busquei no meu blog antigo (de viagens) uma postagem que fiz sobre 12 mudanças em 12 meses, feita na mesma época - mas em 2013. Claro, eu tinha valores, pensamentos e anseios beeem diferente dos de hoje, mas vale comparar! 1 - Descobri que  não  gosto de inverno. Nem de vento. Mas aqui em Chicago não tenho

Afinal, eu sou tudo que incomoda os outros?

Uns dias aí, estava flanando no shopping - uma atividade não muito recorrente na minha rotina - e pensei que poderia encontrar uma camiseta ou vestido pra usar num determinado evento de família. Eu queria um item temático da Marvel (Loki lover), mas aí vi uma camiseta bordada FEMINIST.  Pensei em comprar. Mas não comprei (pq no fim nem comprei nada, pq na real, eu não precisava...).  Comentei com a pessoa que estava comigo: "Já pensou que máximo se tivesse uma camiseta escrito FEMINIST / VEGAN / MINIMALIST ? Definição da minha pessoa".  Aí, recebi a bomba (nem foi assim exatamente, mas soou como): "tem alguma forma de você ser mais odiada? Só falta ter LESBIAN". Parei. Pensei: 1. Ah, pode ser que um dia aconteça. Pq não? Já mudei tanto, pode ser que um dia eu me descubra assim. Ou não. Não tem problema se isso acontecer. 2. Oi? Como assim, ser mais odiada? Por que esses termos irritam tanto as pessoas? O que de mal e/ou errado estou fazen

Minha jornada de libertação

Imagem
Quem eu era antes do que vem à seguir: A pessoa mais carente do mundo, que se moldava aos outros para ser aceita ou (pelo menos) não ser rejeitada. Censo-comum. Medo de aceitar algumas características da personalidade por conta de julgamento alheio. Mas semente que o vento leva, um dia arruma uma terra e brota. Apanhei na saída da escola muitas vezes, fui chamada de gorda, meu pai me chamava de vagabunda. Foi fácil crescer com a autoestima destruída - principalmente quando não se sabe como filtrar esse tipo de sentimento/emoção. Outubro, 2011. Primeira mudança: saí de um relacionamento extremamente abusivo, que me privava (e meu psicológico não tinha forças para lutar contra) e dizia que viajar era um erro. Terminei, por ventura atraí a efetivação no trabalho e comecei a pagar um intercâmbio. Comecei a me soltar. A sonhar. Acreditar em mim. Que eu poderia voar, conseguiria realizar meu sonho de conhecer o mundo. Fevereiro, 2013. Finalmente, viajei. Depois de tanto tempo

Editorial pós fim da depressão

Imagem
Por alguns anos tive outro blog voltado à viagem e essa modelagem já não cabia mais em mim.  Quando comecei esse blog, há alguns meses, estava na tentativa de voltar à escrever e aliviar o que sentia aqui dentro. E nessa época, eu estava numa depressão infernal. Até falei em um post que sentia que estava dentro de um casulo e que via lá fora, bem de longe, um freixo de luz. Mas o pensamento era tão negativo que eu só estava esperando mais uma onda bater para eu desistir de tudo.  Não respirar mais. Calar os inúmeros pensamentos que só me destruíam cada vez mais. Não sentir nada.  Mas eu consegui. Hoje eu posso dizer que eu saí da casca! Me sinto nova, vejo novamente tudo colorido - ou melhor, com uma tonalidade até diferente da qual enxergava antes. Que agora esse blog seja um espaço para disseminar essa jornada em busca da empatia - começando por mim! :)   

Decisão: veganismo

Imagem
Decidir morar junto foi fácil. Administrar as contas e dinâmica de uma casa, tiramos até que de letra. Mas sem dúvida, essa tem sido nossa maior decisão: Deixar de consumir/apoiar tudo que envolva sofrimento/exploração animal.  Não é mais uma escolha voltada a alimentação, mas de vida. Nós escolhemos trilhar a partir de agora, o caminho do veganismo - começando pelo vegetarianismo estrito.  Sim, nós consumíamos derivados e inclusive demos uma festa semanas atrás intitulada de "queijo & vinho". Ainda temos roupas de couro, compradas há anos. E pior, temos um cachorro comprado. Sim, compramos um cachorro quando o certo era adotar quem tanto precisa de um lar. Nós não fomos - e ainda não somos perfeitos! Independente de tudo que fizemos até então, somos hoje melhores do que fomos ontem - e lá, naquele passado, as decisões que tomamos também pareciam certas para os "nós" que lá habitavam. nenhum dos amigos seguem o mesmo caminho. Tem ainda aqueles q

Eu mudei, os outros não: a tarefa árdua de ser empático com o tempo alheio

Até porque, deusolivre mais uma dessas no mundo. Ou também porque não tenho um lifestile invejável. Nem estilo de vida tenho direito.  Mas às vezes, só as vezes, dá vontade de sair por aí revolucionando o mundo. De colocar a geral dentro de uma sala de aula e ensinar tudo que aprendi e como tem muitas mudanças batendo na porta esperando ansiosamente para transformar quem abrir. Mas, não. Se tem uma coisa que aprendi é que militarismo nem sempre funciona. Tá, para uns - que já estão propensos - pode ser um tapa na cara e causar um furor, mas para outros, apenas trazer resistência e quem sabe, até mesmo entojo. Aprendi por ter sido um ser 8 ou 80 e isso meu amigo, nem sempre é bom. Nos meus 15, fui em um retiro da igreja e pá, saí de lá renovada, outra Aline, um anjo. De tão anjo, achei que tudo que eu possuía ou tinha, não era bom, não era de Deus, não me levaria ao céu.  Joguei fora todos meus cds ( mano, eu joguei fora um original das Spice Girls, oi?! ), cortei meu cabe

Sobre rejeição e (auto) abandono

Tem dias em que pessoas vão recusar seus convites. Ou nem aparecerão nas datas mais importantes, como aniversário ou casamento - mesmo que você esteja a todo momento olhando para o portão esperando que por ali, elas entrem. Ou segurando pro celular esperando um sinal, de reciprocidade, de carinho, de afago. Vai ter aqueles que não darão importância ao seu simples convite para um café, um almoço ou apenas sair do bate-papo online pra ir pra vida real.  Vai ter também aqueles dias que sim, você vai sentir rejeição, das pessoas e do mundo. Vai se sentir mal pelas pessoas que se foram - seja por sua opção, ou por delas mesmo.  Tem dias em que parece que nada vai pra frente, que o sol não brilha mais do que as nuvens que o encobrem, tudo está indo contra e que não vai melhorar. Tem dias que só você vai atrás - e a energia desprendida nisso, também te cansa. E cansa muito - além de doer - não ser correspondido. Tem dias sim, outros também, que me sinto assim. Você também?  Então l

Resumo dos meus 28 anos: desconstrução

Nessa semana, me despeço dos meus 28 - e espero que de toda fase (psicológica) ruim que venho há algum tempo passando. E, de fato, a palavra DESCONSTRUÇÃO representou fielmente os últimos 12 anos.  Em 08/07/2016, comemorei o aniversário com muita dor na coluna. Sabe aquele desejo que todos fazem quando sopram velinhas? Eu fiz ao dormir, gemendo de dor: EU SÓ QUERO TER UM ANO COM UMA COLUNA NORMAL. E eu tive! Era para ter sido o melhor ano da minha vida, mas não foi. Nunca cresci tanto no âmbito profissional, me casei com um homem incrível (incrível é pouco para descrevê-lo), finalmente tive meu (nosso) próprio cantinho, com um cachorro-grude puro amor e rodeada (por poucas, porém) boas pessoas. Os 28 deveriam ser perfeitos, e por fora, foram. Por dentro, uma bagunça total. A dor na coluna saiu, mas a diabetes entrou. Com ela, foi preciso olhar para os hábitos alimentares e entender de vez que algo precisava ser mudado. Comecei a mudança cortando algo que meu corpo nunca

Não quero mais estar e ser ausente!

Descobri que estou há quase 4 anos vivendo ausente.  Ausente de quem eu sou, das pessoas, do mundo.    Não foi fácil chegar a esta descoberta - na verdade, tem sido bem doloroso.  Meu maior desejo interno era ser aceita, encontrar o meu lugar - mas nunca acreditei em mim, sempre fui minha maior adversária. Em 2012 as coisas começaram a mudar, quando decidi guardar grana para fazer um intercâmbio dali 1 ano (porém, duvidava a cada dia que conseguiria). E eu consegui. Realizei um sonho que eu tinha certeza que nunca seria capaz de realizar. O problema é que essa experiência trouxe depressão e insatisfação com a vida que levava, e me fez crer que eu precisava viver uma vida diferente todos os dias. Eu passei a ter certeza que eu precisava largar tudo e morar fora, que nunca seria feliz no Brasil - e isso foi muito ruim. Muito mesmo. Não tem problema nenhum em querer mudar de vida, deixar de trabalhar, tirar um ano sabático, ou morar fora - assim como é incrível a sens

A vida real sem rede social

Toda mudança tem o lado positivo e negativo, por melhor resultado que possa trazer a longo prazo. E, como se não bastasse testar um monte de coisa, desapegar de outras tantas e desconstruir vários conceitos, decidi ficar um tempo sem redes sociais. Em novembro, desativei a conta no Facebook e virei o ano saindo do Instagram.  "Ah, não deleto minha conta porque não quero perder o contato com pessoas que estudei há tempos ou por não deixar de ser convidado para eventos". Super entendo quem diz isso, mas não sei até que ponto acredito depois de quase 6 meses sem contato com a vida alheia - ou o que acontece no mundo. Confesso que às vezes dá uma leve sensação de exclusão em não saber de uma notícia ou algum acontecimento, mas de uma forma ou de outra, a informação sempre chega. Seja por um amigo, familiar ou uma pessoa aleatória comentando no café. A questão é: até que ponto estamos preparados para saber das coisas depois de todo mundo? Em 2017, tudo é pra ontem. Um

A paranóia de escrever para os outros e não agradar

Imagem
Toda vez que vejo uma tela em branco, ao invés de começar a pintá-la com palavras — como deveria ser —  eu travo. Travo como a mocinha que vê o amor platônico (ou crush, né juventude!) se aproximando. E nisso passam os minutos, me perco em outra atividade (ou blog) qualquer e quando vejo, a inspiração já foi. A verdade é que sempre penso que tudo que escrevo é ruim demais. Antes mesmo de deixar as mãos se deleitarem no teclado, pensamentos negativos surgem e contaminam a vontade de escrever. Sempre li muito que os textos têm que prender a curiosidade do leitor e fazer com que eles queiram seguir até o final. O título, enredo, final — tudo tem que ser para o leitor. E aí aparece a paranóia. A paranóia de achar que já tem muitos outras histórias legais sendo contadas por aí. A nóia de fantasiar que também poderia eu fazer mais do mesmo — a internet já está tão saturada de sempre títulos parecidos! Ou que ainda, será que alguém se interessaria pelo que quero gritar ao mundo?

O papel fundamental da descontrução na geração de novos hábitos

Imagem
Eu nasci assim, eu cresci assim. Eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim... Gabriela, sempre gabriela! Poderia colocar outras tantas músicas que entoam a não-mudança - mas também não cabe aqui minha crítica sobre quem faz posse dessa afirmação para justificar qualquer fato que ocorra na vida. Acredito no livre arbítrio e por isso, cada qual com sua escolha. Por mim, posso dizer como me desprender de quem sempre fui - e das coisas as quais sempre acreditei - tem mudado minha forma de ver o mundo e a mim mesma. Se tivesse que elencar dois fatores que me mudaram completamente, escolheria viagem e insatisfação com meu corpo . Dois temas que foram responsáveis por mudanças que nem tinham relação! Falemos primeiro sobre viagem.  Meu sonho era viajar, fazer intercâmbio. Meus pais não tinham condição, eu tampouco. Quando meu estágio terminou e fui efetivada, guardei cada centavo e consegui pagar o primeiro curso no exterior. Esse processo de economia e planejamento levou cerca