Decisão: veganismo
Decidir morar junto foi fácil. Administrar as contas e dinâmica de uma casa, tiramos até que de letra. Mas sem dúvida, essa tem sido nossa maior decisão:
Deixar de consumir/apoiar tudo que envolva sofrimento/exploração animal.
Não é mais uma escolha voltada a alimentação, mas de vida. Nós escolhemos trilhar a partir de agora, o caminho do veganismo - começando pelo vegetarianismo estrito.
Sim, nós consumíamos derivados e inclusive demos uma festa semanas atrás intitulada de "queijo & vinho". Ainda temos roupas de couro, compradas há anos. E pior, temos um cachorro comprado. Sim, compramos um cachorro quando o certo era adotar quem tanto precisa de um lar. Nós não fomos - e ainda não somos perfeitos!
Independente de tudo que fizemos até então, somos hoje melhores do que fomos ontem - e lá, naquele passado, as decisões que tomamos também pareciam certas para os "nós" que lá habitavam.
Como muito falo, cada um tem seu tempo e seu amadurecimento - e pressão e obrigação, nem sempre trazem o resultado que esperamos (em alguns casos, o oposto). E chegou a nossa hora. Não foi só o peso "pesando", nem as informações massantes. Sentimos que precisamos dar mais esse passo.
Em 10 meses de "transição", foram vídeos, matérias, testes. Mas acima de tudo que o mundo externo poderia me trazer, eu me tornei outra pessoa. Sim, hoje eu tenho segurança em dizer: eu mudei. Me transformei.
E felizmente, meu parceiro me acompanhou não só no apoio durante a depressão e a fase de autoconhecimento (que nunca acaba...e nem vai acabar), mas na melhor escolha que fiz: animais, não mais.
Estamos só no começo. No final de semana, olhamos um para o outro e dissemos: chega de queijo. Essa era a última etapa rumo ao vegetarianismo estrito, e a mais difícil. Sim, pessoas-já-veganas: o paladar falava mais alto. Julguem, mandem pedras.
Mas o gosto se tornou amargo. O peso da responsabilidade diante de tanta (in)formação que acumulamos ficou mais árduo de carregar. Então, decidimos virar essa página e assistir um dos filmes que íamos adiando: Terráqueos. Agora não tem como olhar mais para trás.
Essa decisão vem acompanhada de outras responsabilidades, como conciliar nossa "vida social" atual e ter muita paciência, já que:
É difícil "substituir" amizades ou até mesmo a rotina de uma hora para outra. É terrível ver uma das amigas mais próximas dizer "não consigo ficar sem o gosto e cheiro do hamburger", mas afinal, essa é uma escolha dela. Não minha. Sábio é quem muda a si mesmo ao invés de tentar mudar o mundo, já dizia alguém famoso por aí, certo?
Que eu possa encontrar esse texto daqui uns anos e me orgulhar de fato da pessoa a qual me tornei, e veja como consegui ser forte e suportar um mundo todo diferente perante minhas escolhas.
Deixar de consumir/apoiar tudo que envolva sofrimento/exploração animal.
Não é mais uma escolha voltada a alimentação, mas de vida. Nós escolhemos trilhar a partir de agora, o caminho do veganismo - começando pelo vegetarianismo estrito.
Sim, nós consumíamos derivados e inclusive demos uma festa semanas atrás intitulada de "queijo & vinho". Ainda temos roupas de couro, compradas há anos. E pior, temos um cachorro comprado. Sim, compramos um cachorro quando o certo era adotar quem tanto precisa de um lar. Nós não fomos - e ainda não somos perfeitos!
Independente de tudo que fizemos até então, somos hoje melhores do que fomos ontem - e lá, naquele passado, as decisões que tomamos também pareciam certas para os "nós" que lá habitavam.
- nenhum dos amigos seguem o mesmo caminho. Tem ainda aqueles que provocam mandando fotos com legenda "boi berrando". Deleta o amigo, Aline. Não. Manda um vídeo mostrando como o boi realmente berra implorando pela vida. Não. Minha escolha no momento é NÃO mexer com essas pessoas, MAS É MUITO DIFÍCIL.
- os lugares que frequentamos não tem opções veganas - ou o restaurante do trabalho, que sempre oferece versões com e sem carne, tem no prato-veg do dia brócolis com milho e QUEIJO. Muda de local pra sair, Aline. Não. Leva marmita, Aline. Não. Parece fácil, né? Mas o começo é bem duro sair da casca.
Como muito falo, cada um tem seu tempo e seu amadurecimento - e pressão e obrigação, nem sempre trazem o resultado que esperamos (em alguns casos, o oposto). E chegou a nossa hora. Não foi só o peso "pesando", nem as informações massantes. Sentimos que precisamos dar mais esse passo.
Em 10 meses de "transição", foram vídeos, matérias, testes. Mas acima de tudo que o mundo externo poderia me trazer, eu me tornei outra pessoa. Sim, hoje eu tenho segurança em dizer: eu mudei. Me transformei.
E felizmente, meu parceiro me acompanhou não só no apoio durante a depressão e a fase de autoconhecimento (que nunca acaba...e nem vai acabar), mas na melhor escolha que fiz: animais, não mais.
Estamos só no começo. No final de semana, olhamos um para o outro e dissemos: chega de queijo. Essa era a última etapa rumo ao vegetarianismo estrito, e a mais difícil. Sim, pessoas-já-veganas: o paladar falava mais alto. Julguem, mandem pedras.
Mas o gosto se tornou amargo. O peso da responsabilidade diante de tanta (in)formação que acumulamos ficou mais árduo de carregar. Então, decidimos virar essa página e assistir um dos filmes que íamos adiando: Terráqueos. Agora não tem como olhar mais para trás.
Essa decisão vem acompanhada de outras responsabilidades, como conciliar nossa "vida social" atual e ter muita paciência, já que:
É difícil "substituir" amizades ou até mesmo a rotina de uma hora para outra. É terrível ver uma das amigas mais próximas dizer "não consigo ficar sem o gosto e cheiro do hamburger", mas afinal, essa é uma escolha dela. Não minha. Sábio é quem muda a si mesmo ao invés de tentar mudar o mundo, já dizia alguém famoso por aí, certo?
Que eu possa encontrar esse texto daqui uns anos e me orgulhar de fato da pessoa a qual me tornei, e veja como consegui ser forte e suportar um mundo todo diferente perante minhas escolhas.
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